sexta-feira, 30 de março de 2012

ENTENDA A SEMANA SANTA E SEUS SÍMBOLOS




A Igreja propõe aos cristãos os sagrados mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus, tornado Homem, para no martírio da Cruz e na vitória sobre a morte, oferecer a todos os homens a graça da salvação.

Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa e lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus.A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos e matos proclamando: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”. (Lc 19, 38; Mt 21, 9). Com esse gesto, portando ramos durante a procissão, os cristãos de hoje manifestam sua fé em Jesus como Rei e Senhor.

Quinta-feira Santa
Celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia. Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer, instituiu a eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes acontecimentos:

Bênção dos Santos Óleos
Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos. Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia. O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:
Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando a plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma), quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como “extrema unção”. Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.

Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés
Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores. Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos.O sermão desta missa é conhecido como sermão do Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada por Jesus Cristo. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento ao altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda a noite.

Sexta-feira Santa
Celebra-se a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.

Sábado Santo
No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal celebração é a “Vigília Pascal”.

Vigília Pascal
Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada “a mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia eucarística.

Domingo de Páscoa
A palavra “páscoa” vem do hebreu “Peseach” e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento. A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do faraó teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos. Condenado à morte na cruz e sepultado, ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus, na Sexta-Feira, transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. São celebradas missas festivas durante todo o domingo.

A data da Páscoa
A fixação das festas móveis decorre do cálculo que estabelece o Domingo da Páscoa de cada ano. A Páscoa deve ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que segue o equinócio da primavera, no Hemisfério Norte (21 de março). Se esse dia ocorrer depois do dia 21 de abril, a Páscoa será celebrada no domingo anterior. Se, porém, a lua cheia acontecer no dia 21 de março, sendo domingo, será celebrada dia 25 de abril. A Páscoa não acontecerá nem antes de 22 de março, nem depois de 25 de abril. Conhecendo-se a data da Páscoa, conheceremos a das outras festas móveis. Domingo de Carnaval - 49 dias antes da Páscoa. Quarta-feira de Cinzas - 46 dias antes da Páscoa. Domingo de Ramos - 7 dias antes da Páscoa. Domingo do Espírito Santo - 49 dias depois.Corpus Christi - 60 dias depois.

SÍMBOLOS PASCAIS

Cordeiro: O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da páscoa, como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal que livrou os seus primogênitos. Este cordeiro era degolado no templo. Os sacerdotes derramavam seu sangue junto ao altar e a carne era comida na ceia pascal. Aquele cordeiro prefigurava a Cristo, ao qual Paulo chama “nossa páscoa” (1Cor 5, 7).
João Batista, quando está junto ao Rio Jordão em companhia de alguns discípulos e vê Jesus passando, aponta-o em dois dias consecutivos dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jô 1, 29 e 36).Isaías o tinha visto também como cordeiro sacrificado por nossos pecados ( Is 53, 7-12). Também o Apocalipse apresenta Cristo como cordeiro sacrificado, agora vivo e glorioso no céu. ( Ap 5,6.12; 13, 8).



Pão e vinho: Na ceia do Senhor, Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor. Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna.



Cruz: A cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicéia, em 325 d.C., Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.


Círio Pascal: É uma grande vela que é acesa no fogo novo, no Sábado Santo, logo no início da celebração da Vigília Pascal. Assim como o fogo destrói as trevas, a luz que é Jesus Cristo afugenta toda a treva do erro, da morte, do pecado. É o símbolo de Jesus ressuscitado, a luz dos povos. Após a bênção do fogo acende-se, nele, o Círio. Faz-se a inscrição dos algarismos do ano em curso; depois cravam-se cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus, e as letras “alfa” e “ômega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significam o princípio e o fim de todas as coisas.


Sinos: Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações. O sino é um símbolo da Páscoa. No domingo de páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de Cristo.

segunda-feira, 26 de março de 2012

GRUPO DE JOVENS EM FESTA!

Aconteceu neste sábado, dia 24, a Santa Missa em comemoração dos 21 anos do Grupo de Jovens de Arcoverde (CLJ). A Missa contou com a presença de muitos jovens que preencheram os bancos da Igreja Matriz , além de outras pessoas pertencentes às comunidades da paróquia. A celebração foi presidida pelo Pe. João Coberlini e, na ocasião, o seminarista da Teologia Leonardo Dall'Osto convidou à toda comunidade para participar de sua ordenação diaconal dia 08 de julho, às 15:00h na Igreja São Pelegrino em Caxias do Sul. Após a Missa houve uma simples confraternização com os jovens que passaram nestes 21 anos de grupo. A paróquia de alegra pelo espírito jovem e dinãmico que a conduz, graças aos nossos jovens que compartilham a experiência do Cristo em suas vidas. A todos os que passaram por este grupo fica a certeza de que Jesus, e consequentemente a Igreja, ama a todos vocês! Que Maria, Mãe das Graças, interceda por nós!




Destacamos a presença do CLJ Barão. Muito Obrigado pela presença!



Fotos: Flávia Mosena

domingo, 18 de março de 2012

Mensagem do pároco - QUARESMA




Sabiamente ensina-nos o livro do Eclesiastes: “há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu. Tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher. Tempo de chorar, e tempo de rir” (Ecl 3, 1-4).
Há poucos dias, com o término do Carnaval, iniciamos um novo período que, na liturgia cristã, é denominado, “tempo da quaresma”, não difícil de ser identificado, pois há sinais penitenciais bem concretos que o definem: cinzas, lembram nossa fragilidade humana, somos pó; cor roxa, na liturgia ela nos leva naturalmente a uma introspecção e reflexão pessoal; o canto litúrgico se priva de entoar glória e aleluia, depois da terça-feira festiva, há indicação de jejum e abstinência de carne.
Pois bem, como há tempo para tudo, convido agora, o leitor, a fazermos uma viagem no tempo das palavras: “carnaval”, “cinzas” e “quaresma”.
Carnaval, segundo o letrado Deonísio da Silva, veio do italiano “carnevale”, alteração do latim clássico carnem levare, saudar a carne. A origem remota do Carnaval é religiosa: foram festas pagãs aos deuses romanos. O cristianismo assimilou muitos ritos, adaptando-os a ponto de hoje, os desfiles carnavalescos mais refinados, como é o do Rio de Janeiro, lembrarem procissões católicas. Os carros alegóricos substituem o andor e os enredos misturam elementos religiosos, fazendo aparecer o sincretismo religioso. O primeiro Carnaval do mundo bem pode ter sido a celebração de uma boa colheita ou caçada, com cantos e danças.
O dia que segue à terça-feira “gorda”,  passou a ser acompanhado da expressão “de cinzas”, porque nessa quarta-feira a liturgia retomou um sinal de penitência bíblico: as cinzas de ramos de oliveira e lembrava em latim: “memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris” (lembra-te, homem, que és pó e ao pó voltarás) Gn 3,19. Nesse dia começa a quaresma.
Quaresma, do latim quadragésima, significa o período de 40 dias. O número 40 é significativo nos relatos bíblicos: lembra os 40 dias do dilúvio, no tempo de Noé, os 40 anos no deserto do Povo de Israel, desde a Páscoa do Judeus (passagem da escravidão no Egito rumo à terra prometida), 40 dias em que Jesus se retira e jejua no deserto, antes de iniciar sua vida pública.
Estamos dentro deste tempo quaresmal, cujo rito de iniciação com a marca das cinzas em nossas frontes, nos convida com as próprias palavras de Jesus: “convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Além de ser um tempo de conversão é um tempo para intensificarmos três práticas fundamentalmente humanas e cristãs: oração, jejum e caridade. Portanto, agora é tempo que, serenamente, podemos nos encontrar mais intimamente com Deus e sermos mais solidários com o próximo. Assim chegaremos ao Tempo Pascal com verdadeiros sinais de vida nova, de ressurreição.

Pe. Ricardo Fontana - Pároco 

sexta-feira, 16 de março de 2012

CONHEÇA NOSSAS COMUNIDADES!

Comunidade N. Sra. Lourdes - Trípoli
Capela


Comunidade São Miguel - Coblens
Capela

Salão

Comunidade N. Sra. Navegantes - Arroio Canoas
Salão (no fundo)

Capela

Comunidade São José - Vila Rica
Capela

Salão (Foto: Daniela Pradella)

Fotos: Rodrigo Mersoni

NOSSAS COMUNIDADES!

Comunidade Nossa Senhora das Graças - Matriz
Igreja Matriz

Centro de Formação (em construção)

Interior da Igreja Matriz

Comunidade São Rafael - São Rafael
Capela

Salão

Comunidade N. Sra. Caravaggio - Cinco Baixo
Capela

Salão

Comunidade São João da Cruz - Cinco Alto
Capela

Salão

Comunidade Santo Antônio - 15 da Boa Vista
Capela

Salão
Fotos: Rodrigo Mersoni

quinta-feira, 8 de março de 2012

POR QUE COMEMORA-SE O DIA DA MULHER?


Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920.
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária.
Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.